segunda-feira, 20 de abril de 2009

As passagens aéreas e a tecnocracia

Depois de Adriane Galisteu, Protógenes Queiroz e até ministros do TCU (Tribunal de Contas da União) serem envolvidos na "farra das passagens aéreas", a lista não pára de crescer. O próprio presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), "reconhece que deputados, inclusive ele próprio, destinaram parte dessa cota a familiares e terceiros não envolvidos diretamente com a atividade do Parlamento", de acordo com nota divulgada pela acessoria da Câmara. Já os líderes do PT e do PSDB na Câmara, os deputados Cândido Vacarezza (PT-SP) e José Aníbal (PSDB-SP), ainda minimizam os encândalos. "A estrutura dada aos deputados é menor do que a necessária", defende Vacarezza em entrevista à UOL.

A desculpa é sempre a mesma: a omissão das regras sobre o destino da cota excedente. E é aí que vemos que nossos políticos são tecnocratas, e não cumprem sua função de representantes. O servidor público deve - entenda-se tem de - servir ao público, e não usá-lo à favor do privado. Mas a máquina brasileira é, e sempre foi, uma oportunidade de ascender economicamente. Enquanto os verdadeiros patrões, o povo, se irritam com a bagatela de cota de bilhetes usados para parentes e afins, os verdadeiros rombos estão velados por aí.

Qualquer dia ficamos sabendo...

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